Trinta por uma linha – Utah Jazz

Eram considerados por muitos como candidatos ao fundo da tabela, mas tiveram um início de época surpreendente, provando que o seu futuro está bem entregue. Na análise de hoje da nossa rubrica, falaremos dos Utah Jazz.

Expectativas / Realidade

Tal como dito em cima, muitos apontavam os Jazz como uma das equipas que iria terminar nos últimos lugares da classificação. Depois das trocas de Rudy Gobert e Donovan Mitchell, a equipa de Salt Lake City tinha ficado, supostamente, mais fraca e abraçado a “rebuild”. Mas já dentro desta temporada, rapidamente se percebeu que a equipa tem um plano, que tem tudo para ser bem executado.

Apesar de terminarem com um record de 37-45, os Jazz escolheram ser competitivos ao invés do “tanking”, e isso fez com que se desenvolvessem alguns talentos no seu plantel. A equipa chegou a ser líder da conferência Oeste durante algum tempo, no arranque da época. Algo que só prova a forma como decidiram abordar a temporada.

Destaques Individuais

Lauri Markkanen foi a maior surpresa desta equipa. O finlandês, após vários anos falhados a tentar assumir-se nos Chicago Bulls e, posteriormente, nos Cavaliers, teve finalmente a sua temporada de revelação. O escandinavo terminou com média de 25 pontos e 8.6 ressaltos por jogo, “arrecadando” uma chamada ao All Star e, claro, o prémio de “Most Improved Player”. Aos 25 anos chegou finalmente ao estatuto que sempre prometeu na carreira, e poderá ser a principal “arma” dos Jazz no “pós-rebuild”.

Segue-se Jordan Clarkson, que realizou mais uma boa temporada, como tem sido habitual nos últimos anos. A nível estatístico também aproveitou a saída de Gobert e Mitchell para conseguir a sua melhor temporada, com 20 pontos por jogo. Clarkson, que entra na free agency este verão, recusou renovar com os Jazz e o futuro ainda é incerto para o jogador, que pode ambicionar outros voos. A caminho dos 31 anos, poderá ir em busca do seu primeiro anel, ou então, decidiu não renovar com a atual equipa em busca de um contrato mais lucrativo.

Para terminar os destaques, falemos de Walker Kessler. A 22ª escolha do último draft foi “lançada aos tubarões” entrando facilmente para o cinco inicial da equipa. Kessler terminou a sua primeira temproada com 10 pontos e 4 ressaltos de média ,sendo um dos nomes a ter em conta nesta “rebuild”. A nível de proteção do aro, o jovem destacou-se bastante.

Futuro

O projeto dos Utah Jazz parece bem encaminhado. A equipa fez ainda algumas trocas esta temporada que lhes proporcionou algumas escolhas de draft para o futuro, amealhando assim mais ferramentas para esta reconstrução eficazmente. Com talentos interessantes em mãos e continuando a apostar na competitividade, tudo parece bem encaminhado para que a equipa esteja de volta aos playoffs nos próximos anos.

Resta ver o que a sorte reserva aos Jazz para este ano, algo que iremos descobrir na draft lottery desta noite. Mas para lá disso, os movimentos que ocorrerão durante a free agency também serão vitais para entender que tipo de abordagem a equipa irá fazer no próximo ano. Vários veteranos do franchise serão agentes livres no verão, e poderão aproveitar para se “desfazer” destes jogadores, tendo espaço para assinar com ativos que irão mais ao encontro da sua ideia.

Vasco Oliveira

Estudante de Ciências da Comunicação com o sonho de um dia poder trabalhar no jornalismo desportivo. @vascoliveira8 no Twitter

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