Trinta por uma linha – Denver Nuggets
Chegámos ao final da nossa rubrica que analisa a temporada de todas as equipas da liga. Hoje vamos lançar um olhar sobre os Denver Nuggets, que alcançaram o seu primeiro título da história nesta temporada.
Expectativas / Realidade
Com o MVP das duas últimas temporadas nas suas fileiras, assim como Jamal Murray a voltar de lesão, os Nuggets entravam para esta temporada como uma equipa candidata ao título. Embora existissem várias condicionantes, era quase certo que, pelo menos na temporada regular, a equipa conseguiria ser exemplo de consistência, como tem sido nos últimos anos.
O conjunto do Colorado terminou com um record de 53 vitórias e 29 derrotas, garantindo o topo da conferência Oeste e o fator para todo o caminho até às finais. Algo que se veio a revelar muito importante, pois a equipa não perdeu um único jogo em casa até à derradeira ronda.
Jokic e companhia afastaram facilmente os Minnesota Timberwolves na primeira ronda, seguindo-se um desafio mais exigente, frente aos Phoenix Suns. Contra a super equipa do Arizona os Nuggets também não desiludiram, vencendo a série em 6 jogos. Nas finais de conferência frente aos Lakers, a tarefa foi mais fácil do que muitos esperavam, com os Nuggets a aplicarem uma “varridela” aos “Purple and Gold” em 4 jogos, chegando às primeiras finais da sua história.
Seguiam-se as finais frente aos Miami Heat, onde apesar do susto no segundo jogo, o plantel teve capacidade de viajar até à Florida e levar a melhor nos dois jogos fora, trazendo a eliminatória para ser resolvida em Denver, festejando perante o seu público.
Destaques Individuais
A escolha não é difícil. Nikola Jokic demonstrou ser um dos melhores (se não o melhor) jogadores do mundo na atualidade. O sérvio teve mais uma temporada de nível MVP, prémio que não conseguiu vencer. Mas mesmo assim, teve o melhor ano da sua carreira, sendo coroado campeão e, mais que justamente, MVP das finais. Para a história fica a sua estatística de líder em pontos, ressaltos e assistências durante os playoffs, tendo terminado com média 30 pontos, 13.5 ressaltos e 9.5 assistências por jogo durante toda a campanha.
O outro grande destaque vai para Jamal Murray. Depois de quase duas épocas parado por lesão, o canadiano voltou bem, apontando algumas falhas na temporada regular. Mas na hora das decisões não tremeu, provando a toda a liga que é um dos melhores bases da atualidade. O jogador terminou a campanha das finais com 27 pontos e 7 assistências por jogo.
Outro jogador que merece reconhecimento é Aaron Gordon. Além de cumprir no setor ofensivo, contando sempre com bons números, foi uma das peças mais essenciais do título pelo seu papel na defesa. Ficou encarregue de marcar jogadores como Kevin Durant e Lebron James durante a campanha nos playoffs, conseguindo muitas vezes reduzi-los a exibições fora do seu nível.
Caldwell-Pope e Michael Porter Jr (apesar de não ter estado ao melhor nível nos playoffs) são outros nomes a destacar na temporada dos Nuggets, assim como Bruce Brown e Bones Hyland.
Futuro
Como em grande parte das equipas com um mercado mais pequeno, o projeto dos Nuggets não é algo que vem de agora. O núcleo da equipa tem vindo a ser trabalhado há anos, e é agora uma máquina oleada, pronta continuar a lutar por títulos nos próximos anos. Nas mãos de Michael Malone e com Nikola Jokic ao nível atual, não existem preocupações relativamente ao futuro do franchise de Denver.
Esperam-se algumas saídas na free agency, como Reggie Jackson, que apesar de ter um papel relevante nos Clippers, não se adaptou ao sistema da nova equipa. É provável que existam apenas alguns ajustes no plantel, sendo que grandes movimentações estão fora dos planos, pois não são necessárias.
Resta-nos continuar a disfrutar do basquetebol bem executado pelo pupilos de Malone, tal como do espetáculo que Nikola Jokic proporciona. Um jogador como nunca se viu antes na NBA, que parece estar imparável.
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