Análise Dallas vs. Boston – ESPECIAL FINAIS DA NBA
As Finais da NBA estão à porta do mundo do basquetebol. Na madrugada de 7 de junho, os Boston Celtics vão receber os Dallas Mavericks no TD Garden, dando assim, o inicio de uma série que pode cair para qualquer lado.
Duas equipas bem construídas, lideradas por dois autênticos diamantes e com pavilhões barulhentos e apaixonados pelo desporto. Uma final onde Boston tem, em grande maioria, o favoritismo dos media e casas de apostas, no entanto, já sabemos que a bola não mente.
Como Boston vai lidar com Luka
Não há como parar Luka Doncic, o que se pode fazer é abrandar o esloveno. Boston tem quatro dos melhores defensores de perímetro da NBA, eles sendo: Jayson Tatum, Jaylen Brown, Derrick White e Jrue Holiday.
Agora, o que “diabos” vai fazer Joe Mazzulla para abrandar Luka? O menino de ouro da Eslovénia tem um dos arsenais ofensivos mais diversos da história da NBA, consegue criar no perímetro, infiltrar no garrafão e colocar o defensor nas suas costas (fez exatamente isso contra Jaden McDaniels) e entre outras “maluquices” que só Luka “Magic” sabe.
Na série contra Minnesota, Jaden McDaniels ficou como o homem instruido para tentar fazer com que Luka reduzisse a mudança, porém, sem sucesso. O extremo dos Wolves é grande e tem uma envergadura muito extensa, no entanto, é “magrelo” e fácil de bater contra, e foi exatamente isso que Luka fez.
Quem teve atento aos jogos, notou que Kyle Anderson foi o jogador que deu mais problemas ao base de Dallas, com um corpo mais robusto e presente. Boston tem dois jogadores que parecem ser ideais para defender Luka, estes sendo: Jrue Holiday e Jaylen Brown
Na análise aos dois jogos entre Boston e Dallas na época regular, o principal homem em Luka foi Jrue Holiday, que é conhecido por ser dos melhores a desempenhar esse papel. Nesses jogos, Luka, com o seu QI fora de série, puxou Holiday para o poste baixo, onde a diferença de estatura teve impacto. O base dos Celtics é muito forte e defende o poste baixo com bastante eficácia, mas a diferença de oito centímetros é sentida.
A aposta seria que Mazzulla vai rodar os matchups de Luka, ou seja, vai atirar defensores diferentes para fazer com que Doncic lide com estilos diferentes de defesa. Quando Luka abusar de Holiday no poste baixo, roda com Brown, um jogador que forçaria Luka a trabalhar mais no perímetro. Existe a crença que Boston não irá fazer double-teams em Luka, pois ele encontrará o colega aberto, porque ele é Luka Doncic.
Horford não pode ter minutos
Al Horford é membro desta mini “dinastia” de Boston. Acompanhou o crescimento de Tatum e Brown de perto e hoje é visto como um veterano amado por muitos, no entanto, a sua falta de velocidade e já avançada idade, vai custar caro a Boston.
Luka e Kyrie são dois dos melhores condutores do Pick-and-Roll, o que implica que o 5 ou 4 da equipa adversária suba para o perímetro para dar a ajuda ou fazer uma troca, e com Al Horford em campo, isso vai acontecer várias vezes.
Quer Luka ou Kyrie chamem apenas o bloqueio direto para conseguir uma troca com um dos grandes de Boston, ou simplesmente para alimentar Lively ou Gafford lá em baixo, Horford não vai conseguir acompanhar.
Como Boston pode vencer
A chave para Boston é diversificar o ataque. Com o melhor 5 inicial da NBA, Boston tem jogadores que conseguem fazer de tudo, desde lançar, infiltrar e facilitar, no entanto, existe umas algemas que os prendem à linha de 3 pontos, e com isto, chegamos à conclusão que Boston “Lives and dies by the three”
A peça escondida que poderá decidir a série é Kristaps Porziņģis. Estes Mavs são o matchup perfeito para “KP”, já que no único jogo que fez contra a sua antiga equipa, acertou quatro triplos no jogo, três deles no primeiro quarto.
A identidade de Dallas do ponto de vista defensivo é no interior. Gafford e Lively como protetores do aro e P.J. Washington na ajuda foi uma das fórmulas para ajudar os texanos a chegar à sua 3ª final da sua história. O problema é que Porziņģis é um jogador que pode cortar para dentro e ou recuar para a linha de três.
Nesta época, quando o 5 inicial esteve saudável, o letã acertou, pelo menos, dois triplos por jogo em 65% das ocasiões.
Previsão do autor
De uma visão mais pessoal, Boston é a equipa mais forte, mas com o treinador mais inexperiente e Dallas é a equipa mais fraca, mas com o melhor jogador da série. O estilo dos Mavericks é mais imprevisível, enquanto Boston aposta na força dos números. Defensivamente, iremos ver, à “priori” um garrafão dos rapazes de Jason Kidd bem fechado, obrigando Boston a confiar na bola de três. No lado de Boston, iremos ver muitas ações de bloqueios diretos de Luka e Kyrie a envolver Porziņģis e Horford, puxando-os para o perímetro, podendo assim criar uma jogada de 1-para-1 com um jogador menos ágil ou um passe para um missmatch de Lively ou Gafford.
O talento fora de série de Doncic, juntamente com um dos jogadores mais imprevisíveis da história em Kyrie Irving, vai fazer toda a diferença quando o jogo estiver mais “quentinho”. Boston tem como principal figura um grande jogador em Tatum, mas é um estrela que não chega a superestrela, apenas por não pegar no jogo quando a equipa mais precisa, e isso nas finais vai ser preciso.
Boston tem mais cartas no baralho, mas Dallas tem mais “Jokers”. Mavericks em sete jogos.
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