Análise jogo 1: Boston mete o primeiro com direito a abada
Deu-se nesta madrugada de 7 de junho o primeiro jogo das finais da NBA, entre os Boston Celtics e os Dallas Mavericks. A partida terminou 107 – 89 para a turma de Boston e permitiu Mazzulla descansar as estrelas para o jogo 2.
Boston levou o primeiro da série. Num jogo que ficou decidido no inicio do quarto quarto, os Celtics só precisam de mais três vitórias para serem coroados campeões da NBA. O jogo ficou marcado por um grande jogo coletivo de Boston, onde a bola rodou por todos, deixando assim, um ataque imprevisível.
No lado dos Mavericks, assistimos ao clássico “Luka Ball”, onde Luka carregou os texanos mas sem sucesso. A defesa de Mazzulla conteve o base dos Dallas a apenas 1 assistência, algo que não se vê todos os dias.
“KP” for three
O retorno de Kristaps Porzingis foi sentido e de que maneira. O poste que esteve de fora quase 40 dias voltou e fez a diferença no jogo com 20 pontos em apenas 21 minutos. Porzingis acendeu a tocha no primeiro quarto, com 11 pontos e um “abafo” espetacular em Josh Green, que ia com o braço todo esticado para fazer um autêntico “poster”.
Na análise feita antes do jogo 1 foi discutida a importância do ex-Maverick: “A peça escondida que poderá decidir a série é Kristaps Porziņģis. Estes Mavs são o matchup perfeito para “KP””. O letão é mais alto que os postes de Dallas e também uma ameaça de todos os lados no ataque, quer seja perto do cesto, no mid-range ou atrás da linha de três pontos.
Porzingis aproveitou os missmatches muito bem neste encontro, especialmente no final do primeiro quarto, onde “abusou” de Jaden Hardy e Josh Green para acertar dois lançamentos na zona do cotovelo.
Al Horford mostrou-se ao serviço
Muitos questionavam o papel de Horford nesta série, pela sua idade e já visível lentidão em trocas defensivas, no entanto, o extremo-poste mostrou-se à altura e anotou 10 pontos, 7 ressaltos e 2 desarmes de lançamento.
Horford foi dos jogadores que mais tempo esteve em Luka Doncic, e, curiosamente, foi quem defendeu o esloveno com maior eficácia. Luka acertou apenas 1 lançamento em 8 tentativas e errou os 4 triplos que tentou.
O veterano mostrou-se composto e sem medo de chamar Doncic para o 1-para-1, algo que pode ter “chocado” a estrela europeia.
Este foi o último jogo mau de Kyrie
Uma das histórias mais interessantes destas finais é a do retorno de Kyrie a Boston. Todos sabemos a relação de ódio que Boston tem por Kyrie e vice-versa. Desde insultos e pisões a gestos obscenos, é sempre “engraçado” ver que a cada toque de Irving na bola laranja, o pavilhão decide fazer-se de fantasma e mandar uns “Boooooooo!”.
Kyrie teve um jogo nada a haver com um jogo à Kyrie. Faltou a bola entrar e notou-se que o base ficou muito em baixo ao decorrer do jogo. Mas com estrelas deste calibre, estes jogos acontecem muito raramente, por isso, Boston não pode contar com mais um jogo de 12 pontos do ex-campeão.
Boston adormeceu e renasceu
Quando ambas as equipas entraram no balneário, Boston liderava o jogo por 21 pontos, e no regresso, já no terceiro quarto, permitiram a equipa de Jason Kidd sonhar com uma possível reviravolta, quando Dallas chegou a estar a menos de 10 pontos da equipa da casa. Mas após um afundanço de Porzingis e um triplo de Tatum, a equipa voltou a colocar o pé no acelerador e não voltou a olhar para trás.
O próximo jogo será dia 10 de junho, à 1h da manhã, no TD Garden, a casa do desporto de Boston.