A demissão que demorou
Não valeu a pena lançar o grito de união durante a offseason e dizer que todos estavam prontos para puxar na mesma direção… Steve Nash não é mais o treinador dos Brooklyn Nets, depois da sua demissão ser anunciada esta terça-feira, por Adrian Wojnarowski.
Após apenas 7 partidas (2 vitórias, 5 derrotas), o clima de ansiedade e o dececionante início dos Nets levaram a melhor sobre o canadiano. Ainda podemos questionar porque o front office quis estender a experiência durante o verão, quando Kevin Durant estava a pedir a saída, o próprio Nash parecia à beira de um colapso nervoso, dado que não havia conseguido impor-se na equipa.
Sean Marks, o GM, agradeceu a Steve Nash pelos serviços em comunicado, citando um desejo mútuo de separação, mas entende-se que as estrelas do grupo tiveram um papel importante nesta decisão. KD e Kyrie Irving, no entanto parcialmente responsáveis pela atmosfera pesada na era Nash, não pareciam ou não estavam mais em sintonia com um treinador cuja chegada aprovaram em 2020.
Poderia ter saído muito antes
É certo que o duplo MVP não provou que tinha o que era preciso para ser um treinador realmente bom na NBA. Mas quando pensamos no que teve de lidar em Brooklyn, não seria fácil. Entre a pandemia, a recusa de Kyrie Irving em vacinar-se, a saída de James Harden, a indefinição em torno de Ben Simmons e o desejo de Kevin Durant de ele sair, é quase uma maravilha que não tenha quebrado mais cedo.
Um novo treinador não terá tarefa fácil. As preocupações desportivas estão longe de serem resolvidas ou mesmo apenas que sejam por culpa de Steve Nash.
O assistente Jacque Vaughn irá liderar a equipa, entretanto. Ime Udoka, Quin Snyder, estão entre os nomes apontados ao cargo de treinador.