Trinta por uma linha – Los Angeles Lakers

Mais um dia na nossa rubrica que analisa as 30 equipas da NBA, consoante a sua classificação nesta temporada. Caso ainda não tivessem sido eliminados dos playoffs, teríamos passado à frente a análise dos Lakers, mas tendo em conta a sua classificação e, coincidência ou não, o facto de terem sido eliminados ontem, chegou a vez da formação de LA.

Expectativas / Realidade

Os Lakers levaram um choque de realidade bem cedo na temporada. A equipa arrancou com um record de 2-10, e muitos já os colocavam completamente fora da rota dos playoffs, depois do começo conturbado.

Com vários problemas por resolver, os Lakers foram tentado equilibrar o seu record, algo que só foi possível após o investimento na altura do “Trade Deadline”. A equipa californiana fez aquisições que revolucionaram o plantel, deixando de parte jogadores que pareciam ser o “problema”, tais como Russell Westbrook ou Patrick Beverley.

Jarred Vanderbilt, Rui Hachimura, D´Angelo Russell e Mo Bamba juntaram-se aos Lakers, que com este mercado exemplar conseguiram garantir a classificação para o “play-in”, e posteriormente para os playoffs.

Destaques Individuais

Entre Lebron e Anthony Davis, há que destacar a temporada de afirmação de Austin Reaves. O jogador de 24 anos “deu o salto” que ninguém esperava, terminando com média de 13 pontos por jogo, assim como excelentes prestações nos playoffs. Fora as duas estrelas, destacar também a influência que a chegada de Rui Hachimura teve no plantel. O japonês demonstrou ser um excelente “role player” em ambos os lados do terreno, e um jogador que também sabe brilhar em clima de playoff.

Apesar de ter falhado um número considerável de jogos por lesão, Anthony Davis acabou a temporada com média de 26 pontos e 12 ressaltos por jogo, números astronómicos para o jogador de 29 anos. Lebron James, por sua vez, terminou com um registo absurdo de 28 pontos, 7 assistências e 8 ressaltos, aos 38 anos!

Futuro

É precisamente por Lebron que passa a maior questão dos Lakers neste momento. Após a derrota de ontem, o jogador “abriu o jogo” relativamente ao futuro, evocando a hipótese da reforma, mas sem dar quaisquer certezas. O futuro dos Lakers depende muito da permanência de Lebron, até porque investiram bastante em melhorar o plantel para continuar a dar oportunidade ao jogador de conseguir um último título.
Com ou sem Lebron, os Lakers têm um núcleo interessante de jogadores jovens, como Reaves, Lonnie Walker, Hachimura e Mo Bamba, que a com a companhia de Anthony Davis formam um plantel consistente e suficientemente competitivo. O futuro não pode passar por uma “rebuild” neste momento, pois a equipa não possui muitas picks de 1ª ronda.

Os Lakers irão, mais tarde ou mais cedo, sofrer as consequências de todo o investimento em trocas que fizeram este ano, mas uma coisa é certa: A persistência e crença que a equipa apresentou este ano não está ao alcance de qualquer plantel. Começar com um record de 2-10 e chegar às finais de conferência na mesma época, eliminando um bom plantel dos Grizzlies e os campeões Warriors, é um feito extraordinário para qualquer equipa.

Vasco Oliveira

Estudante de Ciências da Comunicação com o sonho de um dia poder trabalhar no jornalismo desportivo. @vascoliveira8 no Twitter

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