Destaques e curiosidades do Mundial de Basquetebol 2023!

Após quatro longos anos o Mundial de basquetebol está de volta! O Mundial organizado pela FIBA (Federação Internacional de Basquetebol) vai ter a participação de países dos 4 cantos do mundo, da América do Sul até à Oceania, terá o seu começo no dia 25 de Agosto e dará o término dia 10 de Setembro. Este torneio irá decorrer em 3 países diferentes pela primeira vez na sua história, os países anfitriões serão as Filipinas, a Indonésia e o Japão.

Calendário:

1ª rodada; – 25 de agosto

2ª rodada; – 31 de agosto

Quartas de final; – 5 de setembro

Semifinal; – 8 de setembro Final; – 10 de setembro

Final; – 10 de setembro

GRUPOS:

Grupo A:

-Angola

-Itália

-Filipinas

-República Dominicana 

O grupo A pode cair por todos os lados, existe uma possibilidade forte de todas as equipas terem chance de ultrapassarem à próxima fase. 

Jordan Clarkson, base dos Utah Jazz e Kai Sotto, um poste talentoso de 2,18cm, vão ser as caras de uma das nações anfitriãs do torneio, as Filipinas. Os filipinos têm a fama de serem apaixonados pelo basquetebol e embora não sejam a equipa mais talentosa irão trazem um excelente ambiente aos jogos.

A Itália não se irá apresentar na sua maior força, não conseguiu garantir a jovem promessa Paolo Banchero e o experiente Danilo Gallinari vai falhar a competição devido a uma lesão duradoura, mas jogadores como Nicolo Melli (ex-extremo dos Pelicans) e Luigi Datome, atual extremo do Olimpia Milano podem dar alguma esperança à seleção italiana.

O nome com mais peso neste grupo pertence a Karl-Anthony Towns, extremo-poste dos Minnesota Timberwolves que irá representar a República Dominicana pela primeira vez desde os seus 17 anos, ainda antes de conhecer as luzes fortes da NBA.

Grupo B:

-Sudão do Sul;

-China;

-Sérvia;

-Porto Rico

A perda de um dos melhores jogadores do mundo, Nikola Jokic, afeta em grande a seleção sérvia, mas nomes como Bogdan Bogdanović e Nikola Jović juntamente com o excelente basquetebol jogado pelos sérvios, existe uma probabilidade ligeiramente elevada na passagem da Sérvia à próxima fase.

Kyle Anderson vai jogar pelo conjunto chinês e a adição de um dos treinadores europeus mais respeitados, Sasha Djordjevic, a China poderá adicionar um pouco mais de competitividade ao grupo B.

Porto Rico não vai contar com José Alvorado, base dos Pelicans, o que irá complicar bastante a vida à seleção porto-riquenha.

Grupo C:

-E.U.A;

-Grécia;

-Jordânia;

-Nova Zelândia;

Os Estados Unidos não convocaram uma “super” equipa em relação a anos anteriores, mas a juventude de Brandon Ingram e Anthony Edwards especialmente no lado ofensivo do campo, e jogadores como Jaren Jackson Jr.e Walker Kessler no lado defensivo, podem vir a contribuir em grande para a vitória americana neste torneio. Outro ponto fortíssimo desta equipa é que conta com uma equipa técnica de dar inveja, com os treinadores Steve Kerr, Erik Spoelstra e Tyronn Lue.

A Grécia não conta com a sua maior estrela e um dos melhores jogadores do mundo na atualidade,  Giannis Antetokounmpo, os gregos também não contam com Nick Calathes e Tyler Doershy, mas contam com Thanasis e Kostas Antetokounmpo, juntamente com Thomas Walkup para liderar o esquadrão grego na tentativa de repetir a história feita em 2006, onde a nação grega chegou à final do torneio após eliminar os Estados Unidos.

Nova Zelândia, a seleção é conhecida pelo seu ritual antes dos jogos, o famoso “Waka”, é sempre algo interessante e vale a pena assistir. 

Grupo D:

-Lituânia;

-Montenegro;

-Egito;

-México;

A Lituânia não vai contar com a sua maior estrela, Domantas Sabonis, mas nada a temer para a seleção lituana, pois Jonas Valančiūnas, poste dos Pelicans já em outros tempos tinha sido a cara da sua seleção e provavelmente será o ponto focal da equipa. 

Montenegro vai ser novamente liderado pelo 2x All star Nikola Vucevic, poste dos Bulls e uma excelente quantidade de jogadores com experiência internacional, como por exemplo o poste Bojan Dubljević

Vai ser estranho ver a seleção mexicana sem Gustavo Ayon, mas os mexicanos são conhecidos por deixar tudo em campo e poderão dar dores de cabeça aos adversários.

Grupo E:

-Alemanha;

-Finlândia;

-Austrália;

-Japão;

O grupo E é um dos grupos mais competitivos deste mundial, a Alemanha conta com Daniel Theis, Dennis Schröder e os irmaos Wagner, a seleção alemã não conta com o extremo Maxi Kleber por uma controvérsia com Dennis Schröder.

A Austrália é sempre uma equipa a ter atenção, Patty Mills, tem a tradição de elevar o seu jogo a níveis de superestrela quando joga em competições da FIBA, a juventude de Giddey, Matisse Thybule e Josh Green, juntamente com a experiência de Joe Ingles e Dante Exum, que tem vindo a fazer temporadas de grande qualidade na Europa, poderão trazer uma medalha para a Austrália.

A Finlândia vai apostar as suas fichas no extremo Lauri Markannen, o jogador dos Jazz eleva sempre a sua qualidade quando joga pela sua seleção e este ano não vai ser diferente, com a grande temporada que realizou na NBA, onde teve a honra de vencer o prémio de “Most Improved Player”, o prémio dado ao jogador com maior evolução durante a temporada, Lauri e a Finlândia têm a oportunidade de surpreender tudo e todos, tal como fizeram na edição do EuroBasquet 2022.

Japão, um dos anfitriões do torneio, não conta com Rui Hachimura, o extremo dos Lakers é considerado o melhor jogador japonês da atualidade, mas conta com Yuta Watanabe, um dos melhores lançadores da NBA na passada temporada e provavelmente será o ponto focal do ataque japonês.

Grupo F:

-Eslovénia;

-Cabo verde;

-Geórgia;

-Venezuela; 

A Eslovénia tem a maior estrela do torneio, Luka Doncic, Luka é conhecido por dar espetáculo onde quer que seja, e é um forte candidato a melhor jogador do torneio. A lesão de Vlatko Cancar, extremo dos Denver Nuggets, e a não participação de Goran Dragic devido à sua decisão de se retirar da seleção, irá reduzir a qualidade do plantel esloveno, mas com Luka tudo é possível!

A Geórgia conta com jogadores bastante físicos e habilidosos, entre eles Tornike Shengela, Mamakelashvili e Goga Bidatze, esta equipa da Georgia vai com a aposta na força física nos seus extremos e postes.

Cabo Verde não tem muitas espectativas em ir longe na competição, mas o poste Walter Tavares, vinculado ao Real Madrid e atual MVP das finais da EuroLeague, pode ser um nome bastante interessante a acompanhar neste torneio.

Grupo F:

-Irão;

-Espanha;

-Costa do Marfim;

-Brasil;

A Espanha é a atual campeã do mundo e terá menos opções do que é costume, Ricky Rubio tirou uma “pausa” na sua carreira basquetebolística para refletir sobre a sua saúde mental e Lorenzo Brown, outro astro espanhol também irá ficar de fora. Mas o talento que atua na NBA, Usman Garuba, Santi Aldama, juntamente com os irmãos Hernangomez, Willy e Juancho, a seleção vizinha também contará com Sergio Lluli e Rudy Fernandez, duas lendas do basquetebol.

O Brasil é considerado a segunda melhor equipa deste grupo, conta com Marcelinho Huertas, um jogador que desafia o tempo, tendo já 40 anos, sendo assim um dos jogadores mais velhos deste mundial. A participação de talentos que jogam ou já jogaram na NBA é enorme, Gui Santos, atual jogador dos Golden State Warriors, Bruno Caboclo, Raul Neto, atual base dos Washington Wizards, e Cristiano Felicio, jogador que esteve vinculado com os Chicago Bulls durante vários anos.

O Irão e a Costa do Marfim têm um grande desafio em mãos, as casas de apostas preveem que tanto a equipa do oriente médio, tanto a equipa africana fiquem pela fase grupos.

Grupo H:

-Canadá;

-França;

-Líbano;

-Letónia;

Canadá vem com força total para este mundial, recheado de estrelas da NBA, tais como Lu Dort, o controverso Dillon Brooks, Kelly Olynyk, Dwight Powell, RJ Barrett, o prodigio Zach Edey e a superestrela desta equipa, Shai Gilgeous-Alexander, o base dos OKC teve uma temporada para a recordar com uma média de 30 pontos por jogo. Todo este talento poderá fazer os canadenses esquecer a falta de Andrew Wiggins e de Jamal Murray, que não iram se apresentar para este mundial.

A França é das equipas com mais “estaleca” deste mundial, recheada de jogadores de grande qualidade, o poste Rudy Gobert, vencedor do prémio de jogador defensivo do ano da NBA 3 vezes irá contribuir em grande para o controlo do garrafão francês, Nicolas Batum e Evan Fournier são as outras usuais estrelas da seleção francesa. E equipa comandada por Vincent Collet também conta com grandes jogadores que atuam na Europa, tais como: Nando Di Colo e Geurschon Yabusele.

A Letónia vai disputar o torneio sem a sua principal estrela, o novo poste dos Boston Celtics, Kristaps Porzingis, devido a outra lesão, uma recorrência na carreira do poste letónio. Davis Beertans é esperado ser o ponto focal da equipa do norte da europa.

Principais diferenças entre o jogo da NBA e FIBA:

-5 timeouts ao invés de 7;

-Cada quarto tem 10 minutos;

-Existe uma rigidez por parte da FIBA em relação aos passos dado por um jogador, criando mais paragens de jogo;

-Não existe o “challenge” do treinador;

-A linha de 3 pontos é mais curta em relação à NBA por cerca de 49 centímetros;

-O jogador é expulso após 5 faltas pessoais ao invés de 6;

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