Austrália acaba em primeiro e evita EUA
Num dos melhores jogos do Mundial até ao momento, a Austrália bateu a França por 100-98. Um jogo elétrico, taco a taco, de parada e resposta, em que a vontade de ganhar superou largamente o medo de perder – a máxima diferença pontual foi de apenas 9 pontos. A poucos segundos do fim, uma reposição de bola disparatada – também muito mérito para Patty Mills no steal -, seguida de uma falta para 3 lances livres em desespero de causa, deitou tudo a perder para os franceses.
Do lado australiano, destaques para Aron Baynes (21 pontos e sempre uma dor de cabeça quando vinha fora atirar de 3 – 5/6 convertidos), Joe Ingles (23 pontos, mas o seu jogo vai muito além disso – inteligência e leitura de jogo fora do comum, visão de jogo, liderança silenciosa, não sabe jogar mal e oferece com qualidade tudo o que a equipa necessita) e, claro, Patty Mills. O role player dos Spurs é o grande motor do ataque dos kangurus, sendo, no contexto FIBA, um pontuador de excelência: layups, fadeaways, tiros de média distância, triplos. Hoje anotou 30 e não vacilou nos momentos chave, acrescentando ainda um steal de grande raça e leitura que impediu os franceses de tentarem empatar ou ganhar o jogo na última posse.
Já do lado dos vencidos, não há grandes destaques negativos. A equipa de Vincent Collet realizou uma exibição notável – jogando assim venceriam praticamente qualquer adversário -, mas Andrew Albicy borrou a pintura ao nem sequer conseguir colocar a bola na posse da sua equipa para atacar a última posse de bola. Mais uma vez, Evan Fournier demonstrou o seu nível superlativo para o contexto FIBA (31 pontos, 6 ressaltos, 4 assistências), De Colo continua a ser o melhor sexto homem do torneio (26 pontos e simplesmente não treme no clutch) e Nicolas Batum continua a acrescentar pontos (13 hoje) e uma enorme capacidade defensiva. Com este nível ofensivo, Gobert acaba por não ser muito vistoso, mas encheu a folha com 8 pontos, 4 ressaltos, 6 assistências (melhor da equipa!) e 2 desarmes.
Com esta vitória, a Austrália fica do lado teoricamente mais acessível do quadro, evitando os Estados Unidos. Tem assim encontro marcado com a República Checa para o próximo dia 11, às 14 horas. Já a França fica emparelhada com a Team USA, no mesmo dia às 12 horas.