Se basquetebol é uma arte, qual é a “Mona Lisa” da NBA?

Há muito que o basquetebol é falado como “arte”. Os dribles alucinadores, os afundanços tenebrosos, os passes mágicos e os triplos do meio da Segunda Circular, são a tinta para pintar a tela que é o jogo da nossa vida.

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Todos nós temos uma ideia diferente da palavra arte. Todos olhamos para o jogo de formas diferentes, há quem aprecie mais um jogo mais lento e duro e quem admire o jogo moderno mais rápido e caótico.

Quando abordamos a “Mona Lisa” da NBA, acredito que a maioria vá pensar nos lances mais icónicos da história da maior liga de basquetebol do planeta. O Flu Game de Jordan, o abafo de LeBron a Iguodala, o “triplo” do meio-campo de Jerry West, esse tipo de momentos.

No entanto, eu vejo a “Mona Lisa” da NBA num lance bonito…jeitoso…um lance que nos faça olhar e querer replicar no campo ao pé da nossa casa. Uma jogada tão impressionante que nos faz questionar se existe alguma outra pessoa no planeta terra que consiga replicar esta mesma jogada.

Shaq Attack… (1993)

A “Mona Lisa” ao nosso olho nesta peça é uma pintura bonita, única e nunca mais replicada, por isso, vamos à pintura “Shaq Attack”.

Shaquille O’Neil é um “gajo” muito grande, muito grande mesmo. A sua entrada na NBA foi vista como poucas na história na liga. O seu poderio físico intimidade qualquer poste na NBA e, consequentemente, quando Shaq subia, subia sozinho.

No dia 23 de Abril de 1993, Shaq fez algo inédito, partiu a tabela, sim, mandou aquilo tudo abaixo.

É a “Mona Lisa” mais feia de todas, mas ao mesmo tempo, a mais espetacular.

Dr. J’s “Rock the baby”… (1983)

Voltamos 10 anos atrás e, desta vez, um afundanço mais jeitosinho. Julius Erving foi Michael Jordan antes de Michael Jordan. Julius Erving não é pai de Kyrie Irving, mas pela beleza do seu jogo, bem podia ser.

Dr. J, como era conhecido, foi uma superestrela não só pelo seu carisma, mas também pela sua forma de jogar o jogo. Os lançamentos na passada mais bonitos do século XX pertencem a este senhor, que por muitas vezes, é esquecido nas listas dos melhores de sempre.

Em1983, num jogo frente os LA Lakers, Dr. J, numa transição ofensiva, fez um uma coisa que hoje já não vemos, um afundanço nunca antes visto. Erving meteu a bola entre o pulso e o antebraço, fez um movimento onde a bola foi de baixo para cima, e afundou com toda a classe em cima de Michael Cooper.

Cooper foi um dos melhores defensores da sua época e não conteve o sorriso após ver a peça de “arte” que Erving pintou.

The Shot…(1989)

Este é, para o autor, o pico do basquetebol, a bola que Jordan meteu foi de uma classe fenomenal. A finta, o momento e acima de tudo, o tempo que o astro esteve no ar no ato de lançamento.

Todos elogiam Jordan pelos seus afundanços e mentalidade assassina, mas o sei nível de jogo é realmente outro nível.

O tempo de espera, a celebração, a beleza da trajetória da bola, até o ângulo da imagem favorece a jogada, foi tudo perfeito. É obrigatório todo o amante da NBA mostrar este lance às futuras gerações, pois da mesma maneira que todos conhecem a “Mona Lisa”, todos deviam conhecer “The Shot”, uma pintura de Michael Jeffrey Jordan.

Daniel Pimpão

Sou um apaixonado por basquetebol, vivo e respiro este desporto que nos tira horas de sono. Tenho 19 anos e um sonho de um dia ser um dos melhores jornalistas portugueses. Estou a tirar Comunicação Social em Abrantes, no âmbito de jornalismo. Olhar sempre para a frente, mas trabalhar com a cabeça para baixo.

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