Quem é Cooper Flagg? – 1º escolha de 2025 jogou contra a equipa USA e foi destaque
Cooper Flagg, jovem de 17 anos e futuro membro da Universidade de Duke, foi convocado para a Select Team da equipa de basquetebol dos E.U.A, que encontra-se neste momento, em fase de preparação para os Jogos Olímpicos em Paris, que vão ter o seu começo dia 26 de julho. Flagg mostrou serviço e impressionou lendas como Kevin Durant e LeBron James.
Mas então, o que é a tal Select Team? A Select Team é a equipa formada para fazer jogos amigáveis com a equipa principal dos E.U.A, com a meta de preparar as estrelas americanas para o grande torneio.
Para a preparação dos jogos Olímpicos de 2024 em Paris, o comité de basquetebol dos E.U.A escolheu alguns jogadores para desafiarem a equipa estrelada por LeBron James, Kevin Durant e companhia, no entanto, o grande choque foi a convocatória de Cooper Flagg, que nem tão pouco fez um jogo no basquetebol universitário.
A Select Team já foi palco para grandes revelações de jogadores, como por exemplo, Kevin Durant em 2008, Devin Booker em 2016 ou Kyrie Irving em 2012.
Quem é Cooper Flagg?
Cooper Flagg é ainda um “miúdo”. Miúdo esse que já mostra uma vontade enorme de conquistar o mundo do basquetebol.
Flag nasceu e cresceu em Newport, no estado de Maine, a 21 de dezembro de 2006.
O jovem extremo jogou pela escola Nokomis Regional High School, no seu estado natal, no entanto, ao notar o seu potencial alto, transferiu-se para a escola Montverde Academy. Conhecida pela sua alta aposta nos programas desportivos, Montverde já recebeu, treinou e preparou jogadores como: Cade Cunningham, Scottie Barnes, Ben Simmons e Joel Embiid.
Flagg tem tudo e mais alguma coisa, é o sonho de qualquer treinador. É um jogador alto (2,06m), com uma envergadura que é, em estimativa, de 2,13m (ainda não existe dado oficial). A estrela de Duke é um defensor nato, com instintos defensivos demasiado bons para quem só tem 17 anos. Utiliza a sua envergadura para desarmar vários lançamentos e apanhar ressaltos mais complicados.
Cooper é também um marcador de pontos excecional, sendo capaz de colocar a bola no cesto nos três níveis.
“Flagg é um talento de elite nos dois lados. Os seus instintos são de arrebentar com a escala em ambos os lados do campo e ele compete com um tipo silencioso de instinto assassino. Ele é um destaque defensivo e, particularmente, dominante como defensor fora da bola. Na verdade, ele é um dos melhores a mandar “abafos” que já vi no seu tamanho. Ofensivamente, ele é um excelente facilitador, com uma boa base ao iniciar o ataque e capacidade de criação de jogadas em desenvolvimento […] O seu trabalho de pés é excelente. O seu lançamento e controlo sobre a bola são sólidos e estão a evoluir. […] Ele não precisa necessariamente de ser o ponto focal nesse lado do campo, mas já mostrou que é perfeitamente capaz disso. Fisicamente, o corpo dele é suficientemente sólido para absorver o contacto e ainda vai adicionar mais massa nos próximos tempos.” – revelou Adam Finkelstein, diretor de scouting de Duke.
Sem medo das lendas
Ao serviço da Select Team, Flagg foi defendido, na maior parte, por Jrue Holiday, um dos, senão o melhor defensor no 1-para-1 do mundo, mas isso não pareceu intimidar o “rapazito”.
Neste lance, era Jrue que o estava a defender, mas com a troca com Anthony Davis, um jogador maior e conhecido por não ser meigo quando é para desarmar os lançamentos, Flagg mostrou confiança e acertou um triplo em cheio na cara de AD. Após o lançamento, Cooper não foi preguiçoso e foi atrapalhar a resseção do poste dos Lakers, o que levou a um turnover da equipa E.U.A e a um And-1 do futuro Blue Devil.
Encontravam-se vários treinadores da NBA nesta disputa amigável, que foi renhida até ao último segundo, já que o resultado ficou separado por apenas 1 ponto, confirmando a vitória da equipa E.U.A.. Um dos treinadores presentes revelou que Flagg foi o melhor jogador da Select Team, com apenas 17 anos.
Não se sabe ao certo os números dos envolvidos no encontro, mas estima-se, pelos destaques nas redes sociais, que Flagg marcou, pelo menos, 12 a 14 pontos.
Várias lendas do basquetebol observaram de perto Flagg, mas um deles, um dos mais apaixonados pela bola laranja, um tal de Kevin Durant, falou da atitude do jovem com elogios: “Ele parece ser um jogador da primeira prateleira…Ele tem 17 anos e está a jogar como um veterano. 0 emoção. Ele apenas vai para o campo e vai fazer o seu trabalho. Isso é um bom sinal.”
Talento é uma coisa… Tá lento é outra
Cooper tem algo que o separa do talento comum da NBA. Para se chegar à maior liga de basquetebol do planeta é preciso ter um certo nível de dedicação, mas para subir nos patamares da própria NBA é preciso “comer muita sopa” e ser um obcecado pela modalidade. A atitude vê-se em ações como ser o primeiro a chegar ao pavilhão e ser o último a sair, tal como era Kobe Bryant, ou ser aquele que não teme o momento ou o defensor, “à Jordan”, Mas também podemos observar as atitudes em simples jogadas.
Flagg, com os seus 17 anos, não teve medo de jogar no mesmo campo que LeBron James, Kevin Durant, Kawhi Leonard, Steph Curry, Anthony Davis, Jayson Tatum e entre muitos outros All-Stars da NBA. Não teve receio de lançar um triplo em cheio na cara de Davis ou de tentar um fadeaway quando estava a ser defendido por Holiday, e isso é ter um instinto matador e uma vontade gigante de deixar o seu nome marcado na cabeça daquelas peças históricas da NBA.
Ao fim do dia, são as atitudes e a maneira de estar que cria as lendas, não o talento. Jogadores como Deandre Ayton, que tinha e tem um talento fenomenal para jogar basquetebol, no entanto, não tem o desejo ou a fome que jogadores como Flagg têm. Quando estivermos a ter as típicas conversas de café sobre quem foi melhor, vão ser craques como Cooper Flagg que vão ser tópico de conversa e não craques como Deandre Ayton.