Como a NBA pode resolver o problema?

O NY Times fez um artigo bastante interessante sobre o problema do tanking na NBA. Apesar do interesse gerado pela luta pelo 6º lugar e para o play-in, o final da temporada é inevitavelmente marcado pela corrida à primeira escolha do Draft. E assim, o último lugar da classificação.

Nesta temporada, há seis equipas que fazem de tudo para perder. Um quinto das equipas… Adam Silver disse na semana passada que iria discutir isto na reunião do comité de competição da NBA.

O NY Times referiu cinco propostas:

Estender a escolha para as primeiras 8 opções

Em 2019, a NBA colocou em prática o sistema atual, as três piores equipas têm a mesma percentagem de obter a 1ª escolha, enquanto para os seguintes, a percentagem é baseada no ranking. E com as primeiras 4 escolhas feitas, não há mais nenhum desempate, as equipas restantes escolhem na ordem inversa do registo da temporada.

Concretamente, a pior equipa da liga não pode ter pior do que a 5ª escolha. E tem, a possibilidade de 14% de ter a primeira escolha.

Com um sorteio para as primeiras 8 escolhas, e uma mudança nas percentagens (10% de possibilidade da primeira escolha para os primeiros 4, por exemplo), não daria tanta certeza á pior equipa. Por exemplo, o pior registo, atualmente com certeza terá a 5ª escolha na pior das hipóteses, pode ficar decepcionada com 9ª escolha nesta configuração.

Acabar com o sorteio ponderado, todas as equipas têm a mesma percentagem

Cada equipa que não joga os playoffs tem as mesmas possibilidades de conseguir a primeira escolha. Uma bela confusão e uma verdadeira sorte em conseguir algo entre as 14 equipas.

Talvez algumas das equipas não conseguissem recuperar estrelas facilmente, mas:

  • a corrida ao último lugar e o tanking não serviriam para nada
  • os GM seriam forçados a fazer um bom trabalho no desenvolvimento de jogadores e a construir sem passar pelo Draft

A verdadeira dificuldade seria, obviamente, para os pequenos mercados.

Percentagens baseadas em várias temporadas

Isto é o que é feito na WNBA, as percentagens para a primeira escolha não dependem apenas do registo da última temporada.

Para ter uma grande possibilidade, seria necessário envolver-se num “tanking” ao longo de vários anos. Pode-se pensar que muito menos equipas e proprietários iriam nesta direção. É difícil ter dois anos de derrotas para os fãs, ou mesmo três, se quisermos reconstruir graças a dois Draft.

As duas piores equipas são designadas para escolher #4 e #5

A princípio, a ideia parecia totalmente sem sentido. Assim.… imaginem Washington e Utah a fazer de tudo para evitar isto e a lutar para obter a primeira escolha ao vencer jogos!

Acabar com o Draft

Sim, um pouco radical, mas quem é que faria “tanking” sem Draft? Daria a cada ano uma possibilidade, no qual o jogador teria o seu destino nas suas mãos. Os jogadores devem fazer escolhas, assim como as equipas. Será que Wembanyama teria escolhido ir para os Spurs ou uma equipa mais no topo? É melhor jogar pelo título ou ter minutos? Será que um GM investiria um valor elevado num rookie ou preferiria ter vários jogadores de outro nível?

Estas ideias são interessantes. Completamente erradas para alguns, mas muito interessantes.

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