Tatum fala sobre o seu valor na NBA
Num artigo divulgado no “The Washington Post” por Michael Lee, a estrela dos Boston Celtics falou sobre a maneira como as pessoas olham para a sua figura, tendo em conta o seu currículo.

Quatro vezes All-NBA, cinco vezes All-Star, com duas medalhas de ouro nos Jogos Olímpicos e campeão da NBA, Jayson Tatum apresenta os seus feitos em modo de comparação: “Ganhou um campeonato? Sim. Ganhou medalhas de ouro? Sim. Fez sempre parte de temporadas vencedoras? Sim. Marcou presença numa primeira equipa All-NBA? Sim. A cara da NBA? Vai haver sempre debate, mas já fiz muito.”
“Sinceramente, não.”, respondeu quando perguntado se sente que é apreciado pelo que já fez. “Se tirarmos o nome e a cara de tudo o que eu já consegui e pensarmos, ‘Isto é o que o jogador A já conquistou aos 26 anos’, as pessoas iam falar de outra maneira.”
Sobre não ter sido o escolhido para receber o prémio de Finals MVP: “Fiz a minha parte. É o mundo em que vivemos e tudo é baseado em narrativas. Ao longo de toda a história da NBA, apenas seis jogadores lideraram a sua equipa em pontos, ressaltos e assistências no caminho para o título. Eu sou o único que não foi coroado Finals MVP. Fiquei de fora, e estou tranquilo com isso. Votaram noutro jogador, e tudo bem. Eu controlo o que posso controlar. E em quem as pessoas querem votar está fora do meu controlo.”
Tatum refere ainda que a derrota para os Golden State Warriors em 2022 é usada frequentemente para o desmerecer: “Não joguei de acordo com as capacidades que tinha, e reconheço não ter feito o suficiente para vencer. Chegar ali aos 24 anos, as pessoas iam olhar para mim de uma maneira muito diferente se tivesse vencido. Mas sinto que é algo muito usado contra mim, mesmo depois de ter conseguido conquistar o objetivo final. É algo que tenho de ultrapassar.”
Sobre o prémio de MVP, admite acreditar vencer pelo menos um, concretizando os seus sonhos de criança. Quanto às diversas narrativas para o conquistar: “Há pessoas que entendem o meu tipo de jogo, mesmo se não marcar 30 pontos por jogo como outros candidatos, só porque a minha equipa precisa dessa minha versão, contando com o talento e a liberdade que temos.”