O fim de uma era
Os San Antonio Spurs têm sido a equipa da NBA que vem apresentado com maior regularidade plantéis competitivos ao longo das últimas duas décadas.
Liderados pelo treinador mais experiente da liga Pop, a organização teve um crescimento enorme a partir da entrada no novo milénio, e o mestre é reconhecido por toda a comunidade do basquetebol como um dos melhores treinadores do mundo, daí ter sido este o principal responsável por detrás do sucesso coletivo da organização.
Aliás, para confirmar esta sua importância, desde que Pop assumiu o comando da equipa texana, os Spurs são a única equipa a nunca ter falhado a fase dos playoffs, o que por si só mostra uma simbiose perfeita entre a equipa técnica e o sistema coletivo da equipa, por mais jogadores que entrem e saiam ao longo dos anos.
Após terem tido sucesso com o trio Parker, Ginobili e Duncan, que dominaram a NBA durante largos anos, colocaram-se dúvidas sobre se os Spurs conseguiriam sobreviver à perda do peso individual destes, em 2016.
Para colmatar estas ausências, a organização teve de adaptar o seu futuro, e para o efeito contratou o experiente poste Lamarcus Aldridge, em 2016, e já mais tarde, no ano de 2017, trocaram Leonard e Green por DeRozan e picks do draft.
Assumiram claramente a aposta neste novo “duo”, que foi entusiasmando os adeptos texanos nos primeiros tempos, mas chegou a uma altura em que os Spurs implicitamente reconheceram que a aposta no extremo não tinha corrido como estavam à espera. Apesar do números dos jogadores serem francamente positivos, parece que os dois em conjunto não se completam a si mesmos nem conseguem de forma adequada mostrarem-se verdadeiros líderes da equipa. As estatísticas coletivas mostram um claro declínio entre o que outrora já foi a prestação coletiva da equipa.
O resto do plantel mostra-se um pouco curto para a grandeza do franchise, e talvez por isso os Spurs no último par de ano não consigam alcançar uma final de conferência, como era tradição desde sempre, sendo vista como a equipa a abater pelo resto da liga no Oeste.
Para além disso, têm mostrado dificuldades na vertente física, dado que muitos jogadores falharam ao longo desta época alguns jogos, o que mostra que o departamento físico também já teve melhores dias.
Com as duas principais estrelas com contratos acima dos 25M/ano, durante mais ano e meio, parece que não resta outra opção aos Spurs senão encarar que o projeto atual está esgotado, e assumir por isso necessárias mudanças de forma a poder readaptar o seu projeto desportivo.
Sendo DeRozan e Aldridge dois All-Stars, o único inconveniente de mercado para os Spurs é saber que equipa estará disposta a arriscar pegar num contrato tão chorudo, apenas por um “aluguer” de 1 ano, sem saber se depois os jogadores querem renovar no final do vínculo, quando forem assediados por outras equipas que lhes possam oferecer mais.
Ainda assim, parece que pelo menos um dos dois abandonará os texanos até ao final da temporada, e por via de uma trade, que permita aos Spurs adquirir no pacote jogadores para o futuro e picks do draft. Será essa a visão dos Spurs, temos conforto para o afirmar, porque a NBA é feita de ciclos, e este parece que chegou ao seu último capítulo, pelo desenrolar natural dos acontecimentos.
Nota final para a incerteza sobre a continuidade do próprio “man behind the brand”, Pop, que com a idade já avançada e alguns problemas de saúde, não se sabe se continuará a comandar os Spurs em 2021.
Veremos os Spurs a levantar um anel nos próximos anos?
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