O desespero de Nova Iorque – Knicks, como é que chegamos aqui?
Sejam bem-vindos a este novo espaço no nosso site.
O “Como é que chegamos aqui?” vai ser um espaço de análise semanal em que revemos alguns dos momentos que marcaram a última década de cada equipa.
Estes estarão ordenados não por importância, mas sim cronologicamente.
Para estrear, temos a pior equipa dos ano: os tão adorados Knicks.
Knicks, como é que chegamos aqui?

2010-2011 – Fim do Rebuild e Carmelo

Primeira época da década e o começo de uma das melhores épocas em anos dos Knicks.
Desde 2008 que a equipa de NY estava em modo rebuild e foi libertando cap space para a free agency de 2010.
Na free agency, os Knicks aliciaram Amar’e Stoudemire com um contrato de 5 anos e $100M – que se veio a confirmar um falhanço a médio prazo.
No entanto, foi a aquisição de Carmelo Anthony que colocou os Knicks num patamar um pouco mais elevado.
Em NY, Carmelo mostrou-se a nível de All-Star, estando 7 épocas nos Knicks com médias de 24.7 pontos, 7.0 ressaltos e 2.4 bloqueios (tudo por jogo).
O seu melhor ano foi o de 2012-2013, em que teve em média 28.7 pontos por jogo, tornando-se o jogador com mais pontos por jogo nessa época. Nesse ano atingiu ainda o 3º lugar na votação do MVP.
Um exemplo de um scorer nato, Carmelo nunca vacilou na offseason e foi sempre a figura mais pontuadora da equipa em regime de playoffs.
Sempre nomeado para o fim-de-semana All-Star enquanto jogador dos Knicks, Anthony será sempre bem recordado pelos fãs dos Knicks, apesar da fase mais tensa na era de Phil Jackson.
2012 – Linsanity

Jogou apenas e só 35 jogos pelos Knicks. Fez parte de um dos fenómenos da década dos Knicks. O seu nome?
Jeremy Lin.
Jeremy Lin saiu de NY com uma média de 14.6 pontos por jogo, o que não é nada de grande destaque.
No entanto, o que tornou Lin um fenómeno, foi a sua entrada abrupta para o 5 inicial, a streak de vitória dos Knicks aquando da sua titularidade (titularidade de Lin que coincidiu com a lesão de Carmelo e de Stoudemire), o game-winner frente aos Raptors, o jogo com 38 pontos frente aos Lakers (+4 que o seu adversário direto… Kobe) e a média de 24.3 pontos por jogo durante essa streak.
Infelizmente Lin sofre uma lesão que acaba com a sua temporada e põe fim a um dos acontecimentos mais divertidos e inusitados desta última década.
Época 13/14

Melhor época da década, da equipa que contou com Carmelo, J.R. Smith, Tyson Chandler, Raymond Felton e Stoudemire (embora este último só tenha jogado 29 jogos).
Esta época foi o pico da década para os Knicks e o pico da década para Carmelo; mas não passou disso.
O “pico” garantiu um 2º lugar na conferência Este com 54 vitórias e 28 derrotas e a boa forma manteve-se na primeira ronda dos playoffs.
Os Knicks afastaram os Boston em 6 jogos e foram afastados noutros 6 pelos Pacers já nas meias finais de conferência.
Apesar da boa época que foi feita, os Knicks acabaram por ser afastados pelo 3º lugar da conferência Este, no ano em que chegaram mais longe nesta década.
2014 – 2017 – Phil Jackson

Estamos em 2014 quando a lenda que treinou Chicago assumiu o papel de executivo dos Knicks. O seu contrato foi de $60M e deve ter sido do dinheiro que mais custou ser pago pelos Knicks. Eis as principais razões:
– Má escolha de treinadores;
– Péssimos negócios e trades sem sentido;
– Críticas nas redes sociais sem propósito;
– Discurso público bastante reprovável em relação a jogadores como Melo e Porzingis.
Phil Jackson destruiu toda a reputação que herdou de Chicago e mais tarde L.A..
O carrossel de treinadores, assinar contratos absurdos (com Noah por exemplo), trocar Tim Hardaway Jr, dizer abertamente que pretende trocar Carmelo, insistir na tática do triângulo no ataque, forçando jogadores e treinadores a praticá-la e discutir com Porzingis, foram as piores atitudes e feitos que Phil teve/concretizou em NY.
Phil terá sido, de longe, dos mais responsáveis por encontrarmos os Knicks onde estão atualmente.
2019 – Trade de Porzingis e fiasco da offseason

Para terminar a década em beleza, os Knicks arruinaram tudo o que podia ter sobrado ao “toque dos Knicks”.
Porzingis foi trocado para Dallas com Tim Hardaway Jr., Courtney Lee e Trey Burke, recebendo em troca Dennis Smith Jr, DeAndre Jordan e Wes Matthews e duas picks da 1ª ronda.
O objetivo desta trade era claro: arranjar cap space para até duas estrelas durante a free agency do próximo ano que contava com jogadores como A. Davis, Kevin Durant, Jimmy Butler, Kyrie Irving. Aliás, muito se especulou que a dupla Durant – Irving fosse parar a NY. E foram mesmo, mas para a equipa vizinha: os Nets.
Como se não bastasse, depois de fazer a pior época da década (17-65) os Knicks tiveram o azar de caírem para 3º no Draft, perdendo Zion e Já Morant para Pelicans e Grizzlies respetivamente.
Os Knicks draftaram RJ Barret e trouxeram novos jogadores para ajudarem os Knicks a tornarem-se respeitáveis outra vez (apesar de não o conseguirem).
Esperemos ver os Knicks rapidamente reabilitados destes anos mais em baixo e vamos todos fazer figas para que o rebuild desta equipa não seja eterno.
Segue em baixo um quadro resumido e a cronologia destes acontecimentos:

