George McGinnis: Recordar um dos jogadores mais carismáticos da história da NBA

George McGinnis, lenda dos Indiana Pacers e membro do Hall da Fama, teve a sua morte confirmada pela NBA no dia 14 de dezembro. George teve uma paragem cardíaca e foi levado de imediato para o Community North Hospital, onde a sua família, amigos e ex-companheiros lhe fizeram companhia até à sua última respiração. Iremos hoje recordar e viver a carreira de McGinnis, uma das personalidades mais carismáticas do desporto que chamamos de basquetebol.

O início e carreira do “High School”

George nasceu dia 12 de agosto de 1950, no estado de Alabama, mais precisamente, em Harpersville. Não é à toa que McGinnis é conhecido como um menino de Indiana. O jogador frequentou a uma secundária do estado de Indiana e carregou a equipa a um recorde de 31-0. A equipa levou o título estadual de 1969 para casa. McGinnis foi considerado o melhor jogador da competição e foi nomeado como o Mr. Basketball de Indiana desse mesmo ano.

A curta carreira universitária

Em 1970, McGinnis foi aceite na Universidade de Indiana, continuando a marcar o seu nome no estado. Com médias de 29,9 pontos durante a temporada, George deu logo o pulo para a ABA, onde foi jogar pelos Indiana Pacers.

ABA

Na sua primeira temporada, McGinnis ajudou os Pacers a terminarem no segundo lugar da sua conferência, com médias de 16.9 pontos e 9.7 ressaltos por jogo, um monstro logo desde o início. Mas se fosse só isso não metia tanta piada, McGinnis, juntamente com os Pacers, venceram o título da ABA em 1972, onde George contribuiu com médias de 15.5 pontos e 11.4 ressaltos por encontro durante os Playoffs.

Os próximos três anos marcaram a lenda que é George McGinnis em Indiana. Os Pacers durante esse período de tempo terminaram sempre entre as três melhores equipas da sua conferência, e eram falados como sérios candidatos ao titulo da ABA todos os anos. Indiana chegou mesmo repetir o título da ABA em 1973, fazendo assim um “back-to-back” de títulos. Neste ano, George apontou 27.6 pontos e 12.5 ressaltos por jogo, e nos Playoffs, ele manteu o grande nível, com médias de 23.9 pontos e 12.3 ressaltos por partida, mostrando ser um jogador para as grandes ocasiões.

McGinnis não só venceu títulos coletivos, como também individuais, tendo como conquista máxima o ABA MVP da temporada 74/75, onde levou os Pacers ao terceiro melhor recorde da conferência com médias insanas de 29.8 pontos e 14.3 ressaltos por jogo.

NBA

Com a junção da ABA com a NBA, todos os jogadores da ABA participaram num “draft” e, neste caso, McGinnis acabou nos 76ers. Nas suas primeiras temporadas, George foi ao All-Star Game duas vezes, com médias de 22 pontos, 12 ressaltos e 4 assistências por jogo, estabelecendo-se com um dos melhores dos melhores da maior liga de basquetebol do mundo. Após a terceira temporada com os 76ers, McGinnis foi para as montanhas de Denver, representar os Denver Nuggets, onde recebeu a sua última chamada para o All-Star Game, em 1979.

O retorno a casa

Durante a temporada 1979/1980, George foi trocado para onde tudo começou, Indiana. O extremo-poste já estava a caminhar para a reforma, estando já fora do seu pico de carreira aos 30 anos de idade. No entanto, isso não impediu o “Big Mac” de dar mais dois anos de bom basquetebol à sua casa, fazendo 13 pontos, 8 ressaltos e 3 assistências por encontro. No seu último ano, época 1981/82, George já não fazia parte do cinco inicial e aceitou um papel mais secundário, com um verdadeiro veterano faria.

A sua prateleira de conquistas

– 3x ABA All-Star;
– 3x All-ABA;
– 1x ABA MVP;
– 2x ABA Champion;
– ABA All-Time Team;
– ’71-’72 All-Rookie;

– 3x NBA All-Star;
– 2x All-NBA;


– Top 100 em PPG da NBA;
– #30 retirado pelos Pacers;
– Basketball Hall of Fame;

O legado de George McGinnis

McGinnis nunca foi dos jogadores mais falados e reconhecidos, mas isso não apaga os jogos e épocas incríveis que o mesmo teve. “Big Mac” é um dos cinco jogadores a ter o seu número reformado pelo Pacers, neste caso, o número 30.

“O meu legado para com o jogo é que todas as equipas que eu representei, ficaram melhores. Eu joguei durante 11 anos, fui a 10 Playoffs… Eu tenho muito orgulho nisso.” Disse McGinnis quando perguntado sobre o que achava sobre o seu legado.

Uma pessoa carismática, sempre sorridente e humilde às suas origens. Um homem de Indiana, uma estrela, um Hall of Famer, George F. McGinnis.

Daniel Pimpão

Sou um apaixonado por basquetebol, vivo e respiro este desporto que nos tira horas de sono. Tenho 19 anos e um sonho de um dia ser um dos melhores jornalistas portugueses. Estou a tirar Comunicação Social em Abrantes, no âmbito de jornalismo. Olhar sempre para a frente, mas trabalhar com a cabeça para baixo.

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