Lakers estragaram as chances de serem campeões

Após o não aproveitamento da Trade Deadline, os Los Angeles Lakers de LeBron James manteve-se na mesma situação, muito inconsistente e pouco basquetebol.

Os Lakers são uma equipa de mudança. Quase todos os anos existe uma grande troca, podemos até dizer, “bombástica” por parte da equipa dourada e roxa, mas este ano, a situação foi diferente. É verdade que conseguiram Spencer Dinwiddie num contrato bastante valioso, mas ele não é o jogador que a equipa necessita. Dinwiddie é um base com olho para o cesto, e, numa equipa com LeBron James, existe a necessidade de ter, pelo menos, um base com olho para o jogo, tipo Rajon Rondo, que por acaso, foi uma peça crucial no título de 2020, o último campeonato da franquia.

LeBron James não é um base e parece que ninguém compreende isso. Não é por um jogador ter a capacidade de colocar a equipa a mexer que o faz ser um base. Larry Bird não foi base, Scottie Pippen não foi base e Nikola Jokic não é base.

Todas as equipas onde James venceu tiveram pelo menos um base “à maneira” ou tradicional se assim preferirem. Em Miami, teve Mario Chalmers. Não é uma estrela, mas um jogador seguro com a bola na mão e não brincava aos lançamentos, sabia o que fazia e quando o fazer.

Em Cleveland, teve Kyrie Irving, George Hill e Mo Williams, todos bases pequenos e com um estilo de jogo bastante assertivo. Claro que Irving é o que mais se destaca do bando, e, embora seja um jogador que não complementa LeBron tão bem quanto um Anthony Davis, era e é um talento excecional que se encaixa em todos os modelos.

Em Los Angeles, teve Rajon Rondo e até mesmo Lonzo Ball, dois bases que são o puro e duro do que é um base tradicional. Recordar novamente que Rondo foi uma peça fulcral na conquista do campeonato de 2020, vindo do banco pronto para retirar a pressão da bola de LeBron.

Hoje em dia, LeBron trabalha com D’Angelo Russell e Spencer Dinwiddie, dois jogadores que não são exímios no trabalho sem bola e que têm o envolvimento da equipa em segundo plano. A equipa conseguiu Gabe Vincent na free agency do ano passado, um base que também tem olho para o cesto, mas que é mais composto com a bola na mão e já capaz de escolher entre um triplo contestado ou um passe para um corte de um tal de Anthony Davis. O problema é que tem estado lesionado.

Daniel Pimpão

Sou um apaixonado por basquetebol, vivo e respiro este desporto que nos tira horas de sono. Tenho 19 anos e um sonho de um dia ser um dos melhores jornalistas portugueses. Estou a tirar Comunicação Social em Abrantes, no âmbito de jornalismo. Olhar sempre para a frente, mas trabalhar com a cabeça para baixo.

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