Cooper Flagg promete revolucionar os Mavericks: “Quero ganhar de todas as formas”

O nome Cooper Flagg tem dominado os holofotes desde o momento em que foi escolhido como a primeira pick do draft da NBA. Agora oficialmente jogador dos Dallas Mavericks, o jovem talento não esconde o entusiasmo com o novo desafio e já começa a conquistar a confiança de todos à sua volta, dentro e fora do balneário.

“É uma bênção chegar a uma equipa competitiva desde o primeiro dia”, afirmou Flagg, revelando que está pronto para se adaptar ao exigente nível da liga. E se há algo que se destaca nas primeiras declarações do rookie, é a sua humildade aliada a uma enorme fome de aprender: “Quero ser uma esponja. Absorver tudo dos veteranos como o Anthony Davis, Kyrie Irving e o Klay Thompson. Eles têm muito conhecimento e já passaram por tudo.”

Posição? Todas. Função? Ganhar.

A ideia de “posição” parece ser cada vez mais relativa em Dallas. Jason Kidd, treinador principal dos Mavericks, já revelou que quer testar Flagg como base, uma decisão que pode surpreender muitos, mas que encaixa na visão moderna de um basquetebol mais fluido e menos tradicional. “Quero deixá-lo desconfortável. Pô-lo a correr o ataque, mesmo contra equipas como os Lakers”, disse Kidd com um sorriso.

Mark Cuban, figura de peso na estrutura dos Mavs, vai mais longe: “Mando mensagens ao J-Kidd: base, base, base… Deixem-no trazer a bola para cima. Temos de o testar.”

A possível formação com Cooper Flagg, Klay Thompson, P.J. Washington, Anthony Davis e Lively II (ou Gafford) promete ser uma das mais físicas da liga. “Vamos ter a equipa mais alta da NBA”, vaticinou Cuban.

Um novo ciclo para os Mavericks

A chegada de Cooper Flagg está a ser encarada como o início de um novo ciclo em Dallas, especialmente após a saída controversa de Luka Doncic. Nico Harrison, general manager da equipa, acredita que os adeptos vão finalmente começar a “ver a visão” da direção. “O Cooper pode ajudar a curar essa relação com os fãs. Ele representa aquilo que queremos: compromisso, trabalho duro e cultura de vitória.”

Jason Kidd sublinha que a cultura dos Mavericks exige jogadores completos, dedicados em ambos os lados do campo. “Aqui fala-se muito em ser um jogador dos dois lados do campo. Joga-se duro, defende-se forte, toma-se a decisão certa. Ele entende que pode ter 10 pontos e 2 roubos de bola num jogo, o importante são as vitórias.”

Uma mentalidade já à prova de NBA

Na universidade de Duke, Flagg diz que o maior crescimento foi aprender a jogar com a bola nas mãos. Errou, corrigiu, evoluiu. Agora, chega preparado para dar o próximo salto. “Estou aqui para trazer energia nos dois lados do campo e impactar vitórias de todas as formas possíveis.”

Quando questionado sobre os seus ídolos, não hesitou: Larry Bird, Michael Jordan, LeBron James e Kobe Bryant, o seu “Mount Rushmore” pessoal da NBA. Uma escolha que mostra o respeito pela história, mas também a ambição de se juntar um dia a esse panteão.

Trash talk com sotaque?

Mark Cuban não resistiu a uma comparação curiosa com Dirk Nowitzki: “O Dirk falava do seu jogo e dizia-te o que ia fazer, em alemão, por isso ninguém percebia. O Cooper também gosta de falar… mas toda a gente entende.”

A confiança não é problema. A ética de trabalho também não. E Jason Kidd resume tudo numa frase: “Ele vai ser bem-sucedido durante muito tempo. Não tem medo de trabalhar. Os Mavs são muito sortudos por o ter na família.”

Filipe Pereira

Alguém que é apaixonado pelo basquetebol e tudo aquilo que o envolve.

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