Análises 23/24 – San Antonio Spurs
Os San Antonio Spurs terminaram a temporada passada no último lugar da conferência Oeste, com um record de 22 vitórias e 60 derrotas.
Entradas:
- Victor Wembanyama, Sidy Cissoko, Sir Jabari Rice e Cedi Osman.

Saídas:
- Keita Bates-Diop, Khem Birch, Gorgui Dieng e Romeo Langford.
Rotação prevista:
- PG – Jeremy Sochan
- SG – Devin Vassell
- SF – Keldon Johnson
- PF – Victor Wembanyama
- C – Zach Collins
- Banco: Tre Jones, Malaki Branham, Cedi Osman, Julian Champagnie, Charles Bassey, Devonte Graham (suspenso nos primeiros dois jogos), Doug McDermott, Blake Wesley, Sandro Mamukelashvili e Dominik Barlow.
- Treinador: Gregg Popovich
Os Spurs venceram a lotaria e conseguiram a aquisição de um dos prospetos mais aguardados da história. O futuro da equipa vai ser certamente construído em volta de Victor Wembanyama, que aos 19 anos, tem tempo para se adaptar à liga e desenvolver-se no jogador que os Spurs pretendem.
Os texanos tiveram um verão tranquilo, preocupando-se em soltar alguns jogadores mais experientes que não faziam parte das contas do plantel, assim como renovando com alguns jovens que acreditam ser o futuro da equipa. Destaque para a renovação de Tre Jones, com um contrato de 20 milhões em 2 anos, assim como o “super max” oferecido a Devin Vassell, um contrato astronómico de 146 milhões para 5 anos.
Para lá destas renovações, os Spurs estenderam o vínculo com o lendário treinador Gregg Popovich, que será o “obreiro” da restante “rebuild” da equipa. O “fator Wembanyama” foi certamente uma razão importante para a extensão do técnico, que é dos melhores no desenvolvimento de jovens talentos.
Os Spurs não estão longe de terminar a sua reconstrução, mas também não têm pressa de o fazer. A equipa deverá ter uma abordagem competitiva, mas principalmente de desenvolvimento. O próprio Victor Wembanyama deverá ser poupado em certas ocasiões, para evitar futuros problemas físicos e gerir bem o esforço na adaptação à NBA.
A turma de San Antonio tem um plantel jovem e repleto de qualidade. Keldon Johnson já é um jogador “feito”, podendo ser o líder do núcleo jovem da equipa, enquanto Vassell poderá ser um candidato a “Most Improved Player”, depois de ter demonstrado bons números na época passada, tendo sido posteriormente afetado por lesões. Jeremy Sochan, Malaki Branham e Tre Jones são outros nomes a ter em conta no plantel texano, que conta ainda com outros jovens interessantes como Dominik Barlow, Charles Bassey e Julian Champagnie. Cedi Osman e Doug McDermott são dois jogadores que cumprem, servindo também de “mentores” para os mais jovens.
O sistema de jogo da equipa também é algo diferente daquilo que a liga tem atualmente. Investir em Jeremy Sochan como base é uma aposta invulgar, mas que tem o seu sentido. O polaco demonstrou uma grande capacidade defensiva na última temporada, assim como uma tremenda agilidade e técnica para um jogador interior. A ausência de um lançamento consistente por parte do jogador é compensada com a presença de Wembanyama, Vassell e Keldon no restante cinco inicial, assim como o “shooter” Malaki Branham, vindo do banco.
Esperam-se uns Spurs que, apesar de não serem candidatos aos playoffs, possam vir a surpreender muito, embalados pelo talento de Wembanyama. Destacar que a equipa terá um mediatismo completamente diferente esta temporada, algo que tanto pode colocar alguma pressão num conjunto tão jovem, mas também servir para ganhar maturidade e alguma reputação ao redor da NBA.
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