Trinta por uma linha – Sacramento Kings

Vamos continuar com a rubrica de análise às 30 equipas da NBA e as suas prestações nesta época de 2022/23. Vamos passar por todos os franchises, do último classificado ao campeão, que ainda está por definir. Hoje vamos falar de uma das surpresas da temporada, os Sacramento Kings.

Expectativas / Realidade

À entrada para a temporada, os Kings podiam classificar-se como uma equipa que estaria na luta pelos playoffs. Para lá da adição de Sabonis em fevereiro do ano passado, a turma de Sacramento não fez muitas alterações durante o verão.

Os Kings terminaram num fantástico terceiro lugar da conferência Oeste, com um record de 48-34, garantindo a classificação para os playoffs mais de 20 anos depois da última aparição. D´Aaron Fox e Domantas Sabonis foram ainda eleitos para o “All Star Game”.

Nos playoffs, a equipa acabou por cair na primeira ronda, ao fim de 7 jogos frente aos Golden State Warriors. Mas nada “mancha” a campanha da equipa durante este ano, cujo mote foi lançado através da frase “Light the beam”.

Destaques Individuais

D´Aaron Fox teve a sua melhor temporada da carreira. O jogador terminou com média de 25 pontos e 6 assistências por jogo, sendo que foi “All Star” pela primeira vez. Para lá da chamada ao jogo das estrelas, foi ainda incluído na “3rd All NBA Team”.

Quanto a Sabonis, provou que se adaptou melhor a Sacramento do que muitos achavam na altura em que foi trocado por Tyresse Haliburton. O lituano teve média de 19 pontos e 12 ressaltos por jogo, sendo uma das principais armas defensivas da equipa. Tal como Fox, também foi incluído na terceira equipa “All NBA”.

Quanto aos destaques menos prováveis, podemos falar de Kevin Huerter, uma das aquisições de Verão que veio adicionar qualidade e eficácia ao conjunto dos Kings. O ex-Hawks teve média de 15 pontos por jogo, com uma eficácia de lançamento para cima dos 60%. Harrison Barnes também ficou na média dos 15 pontos por jogo, realizando uma temporada sólida. Malik Monk também foi uma peça importante, vindo do banco.

O último destaque vai para o rookie Keegan Murray. Selecionado com a quarta escolha do último draft, o jogador não desiludiu e fez uma ótima temporada de estreia na liga, com 12 pontos e 5 ressaltos por jogo.

Não se pode deixar de referir o treinador Mike Brown, que venceu o prémio de “Coach of the year”.

Futuro

Espera-se que os Kings consigam manter a competitividade durante os próximos anos, assim como a evolução de algumas peças mais jovens, como é o caso de Murray. Após uma temporada deste nível, a equipa deverá enfrentar algumas dificuldades na próxima época, até porque se espera que o Oeste volte a ficar mais complicado.

Com um plantel profundo, os Kings têm alguns casos para resolver durante o verão. Harrison Barnes, Trey Lyles, Terrence Davis e Metu serão “free agents”, sendo que a equipa terá de definir prioridades. Não podemos deixar de mencionar Neemias Queta, que apesar de ter tido algumas oportunidades durante este ano, acabou por ficar fora dos planos dos Kings a certa altura, sendo que o futuro do português continua incerto.

Os Kings voltaram para ficar, é a conclusão que este temporada nos deixa.

Vasco Oliveira

Licenciado em Ciências da Comunicação com o sonho de um dia poder trabalhar no jornalismo desportivo. @vascoliveira8 no Twitter

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