Será que valeu a pena?
A quatro jogos do fim, os Utah Jazz estão em 12º lugar na conferência Oeste, e é muito improvável que consigam chegar ao play-in, falhando o acesso aos playoffs. Muitos davam a equipa do Colorado como uma das que iria apostar no “tanking”, de modo a aumentar as suas chances na draft lottery, mas os Jazz escolheram dar tudo até ao fim. Mas será que valeu a pena escolher este caminho?
A resposta mais prática e lógica é: sim. A competitividade é a melhor forma de desenvolver um plantel jovem, e mesmo sem ter as maiores “odds” para o sorteio do draft, os Jazz garantiram algo maior que isso.
Começando por Lauri Markkanen, que ao fim de 7 anos na liga provou finalmente o seu verdadeiro valor. O finlandês foi o melhor jogador da equipa, tendo conseguido a sua primeira presença no All Star e provavelmente garantido um lugar numa das equipas “All NBA”. O escandinavo assumiu-se como a principal figura da equipa, sendo um dos focos desta “rebuild”.
Jordan Clarkson voltou a demonstrar o seu valor como um base sólido e competente, sendo uma incógnita se poderá manter-se para o projeto de futuro da equipa. Collin Sexton ficou um pouco aquém das expetativas, também devido a lesões, mas mesmo assim não se pode dizer que tenha tido uma má temporada. O “rookie” Walker Kessler foi uma das maiores surpresas, podendo ser o “dono” da posição de center no futuro.
No mercado, a equipa soube gerir bem e em prol da sua “rebuild”. Mike Conley saiu, mas garantiu aos Jazz um jovem Talen Horton-Tucker, assim como algumas escolhas de draft que contribuirão para o seu projeto.
Agora, só o futuro poderá demonstrar qual o plano que os Jazz pretendem seguir para voltar aos grandes palcos. A aposta em alguns “free agents” seria uma forma de aumentarem a qualidade do seu plantel, porém, também poderão seguir o processo de desenvolvimento de talentos mais jovens.
De qualquer forma, os Jazz fizeram uma temporada baseada na evolução, podendo ainda encaixar uma pick do top 10 numa das classes de draft mais talentosas dos últimos anos. Apostar no “tanking” podia acabar em desilusão, sendo que assim ficaram sempre a ganhar.