O primeiro back-to-back MIP?

No final da temporada passada, Pascal Siakam foi eleito Most Improved Player da época. O extremos camaronês passou de médias de 5 ressaltos e 7 pontos por jogo para 7 ressaltos e 17 pontos. Aumentou largamente a importância no esquema de Nick Nurse, chegando mesmo a ter a bola na mão para fechar alguns jogos.

Esta época, com a saída de Kawhi Leonard, a estrela principal dos Toronto Raptors, o franchise decidiu não desmantelar a base da equipa campeã. Apenas entregou as chaves da equipa a Siakam. E os resultados têm sido muito acima das expectativas. É certo que ainda estamos numa fase embrionária da época, no entanto Spicy P aumentou as suas médias para 8 ressaltos e 26 pontos. Nesta fase é o líder incontestável da equipa, que está com um parcial de 13-4, em terceiro lugar na conferência este.

Esta explosão de Siakam (que o levará a estrear-se no All-Star Game desta época, provavelmente até como starter) vem reacender um debate sobre o prémio Most Improved Player. Tradicionalmente, o galardão nascido em 1986 (Alvin Robertson foi o primeiro vencedor) premeia um jogador de rotação ou de importância relativa na sua equipa que melhora os seus números, atingindo um nível All-Star, ou próximo disso. Porém, estes critérios não são consensuais. Em 2015-16, muitos analistas consideraram que Stephen Curry, na temporada em que foi o primeiro MVP unânime de sempre, deveria ter recebido o MIP. Como já era uma estrela da liga, houve vozes contra que consideraram essa atribuição estranha. O mesmo se passou com Paul George na temporada passada, em que liderou os Thunder que supostamente eram de Westbrook, realizando a melhor época da carreira.

Assim, Pascal Siakam está a construir uma narrativa que o pode levar a dois feitos nunca antes conseguidos na história do prémio: vencê-lo por duas vezes, e ainda por cima de forma consecutiva. Será capaz?

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