Falcões de Atlanta têm asas para voar
Os Atlanta Hawks entraram para esta temporada como uma equipa que poderia vir a surpreender, mas existiam muitas questões à volta do plantel.
Após a eliminação na primeira ronda na época passada, a equipa de Atlanta não perdeu tempo e adquiriu Dejounte Murray ainda antes do arranque da free agency. Logo nesta troca, os Hawks deixaram bem claro que as suas intenções para esta temporada eram mais ambiciosas. No entanto, a aquisição de Murray levantou uma incógnita: Poderia o jogo de Dejounte coexistir com o jogo de Trae Young?
A verdade é que não foi preciso muito tempo dentro desta nova temporada para perceber que a resposta a esta pergunta é afirmativa. E basta olhar para os últimos jogos dos Hawks para perceber isso. Nos últimos cinco jogos juntos os jogadores têm as seguintes médias:
Trae Young – 28.6 pontos, 3 ressaltos e 8.8 assistências
Dejounte Murray – 25 pontos, 5.4 ressaltos e 8 assistências
São os dois melhores marcadores da equipa, assim como os principais distribuidores de jogo. A coesão entre os dois jogadores é notável, e ainda têm toda uma temporada pela frente para “limar arestas”.
John Collins, De Andre Hunter e Clint Capela completam o 5 inicial, e “tomam conta” do jogo interior da equipa. Collins parece ter tido os seus números afetados com a presença de uma nova estrela na equipa, enquanto Hunter continua a progredir, e Capela é a principal peça defensiva no jogo interior do plantel.
A profundidade do plantel era a outra grande incógnita face a estes Atlanta Hawks. A perda de jogadores como Gallinari e Bogdanovic levantava questões em relação ao banco da equipa, mas parece não ser problema.
Começam a sobressair outros nomes, como AJ Griffin e Onyeka Okongwu, dois jovens que vão deixando a sua marca dentro de campo. Griffin foi a 16ª escolha do último draft e é mais uma prova do talento proveniente da “classe” deste ano. No último jogo frente aos Bucks, foi um dos principais “carrascos” à invencibilidade do conjunto de Milwaukee, marcando 24 pontos e fazendo esquecer a ausência de Trae Young. Quanto a Okongwu, foi 6ª escolha no draft de 2020, e vai-se afirmando como uma boa opção a sair do banco e garantir estabilidade no jogo interior.
Atualmente com 7 vitórias em 10 jogos, os Hawks apresentam-se como uma equipa jovem, coesa e completa, que promete “causar danos” na já intensa luta pela conferência Este. O acesso direto aos playoffs é o principal objetivo, mas quem sabe se para lá da temporada regular não poderão operar uma surpresa.