Boston vai desmoronar mais cedo do que esperado
Miami vai encontrar pela quarta vez em cinco anos, os Boston Celtics de Neemias Queta. A série irá começar dia 21 de abril, no TD Garden, às 18:00h, horário de Portugal Continental.
Os Playoffs vão começar! Com o início da melhor fase do ano para os fãs da NBA, as previsões e as “hot takes” já começam a bombar em tudo o que é sitio, e aqui na NBAPORTUGAL, não será diferente.
Nesta série, que já quase é tradição, os Celtics são considerados favoritos. Sem Jimmy Butler e com um ataque medíocre para o nível que são os Playoffs, é muito complicado ver estes Heat a chocarem o mundo novamente, mas com Erik Spoelstra, nada é impossível.
Os Playoffs são uma mistura perfeita de quem sabe jogar e de quem consegue aguentar, com isto quero dizer, que nesta fase, apenas ganha quem tem a cabeça no sítio. Após uma derrota “humilhante” no ano passado para o 8º colocado Miami Heat, Boston está com sede de vingança e procura fechar a série em quatro jogos.
“Mas então como é que os Heat podem ir buscar isto?” Simples, Miami não tem nada a perder. Sem Butler nos primeiros jogos da série, a turma de Spoelstra não vai jogar com a pressão de Boston, e isso é perigoso. Para não falar do fator psicológico, que muita gente tenta ignorar, mas que existe. Quando uma equipa com menos talento (Miami) consegue apagar os sonhos de uma equipa mais talentosa mais do que uma vez (Boston), o ego e a confiança ficam feridos.
Mesmo que Miami leve 1 ou 2 jogos, vai ser difícil vencer 4 jogos sem Butler, mesmo com a vantagem mental e um treinador mais competente. Porém, com as boas exibições que os Heat irão ter, com ajuda de Jaime Jaquez Jr., Bam Adebayo e Tyler Herro, a equipa de Boston irá sentir que se calhar, a conferência não está tão fraca como podem vir a pensar.
O 5 inicial é o melhor da liga, de longe, porém, não é o mais consistente e já deram provas que facilmente cedem confiança aos adversários, simplesmente por “dormirem à sombra da bananeira” e acharem que já está ganho. Este é um dos problemas de Boston, o outro, é o “nosso” Jayson Tatum.
Jayson Tatum não está no nível no qual está a ser vendido. Não é uma superestrela da primeira prateleira. Esse espaço está reservado para as anomalias deste desporto, nomeadamente, para os Luka Doncic, os Jokic e os Antetokounmpo deste nosso mundo. Atualmente, Tatum ainda está na prateleira debaixo, com SGA e Embiid, por exemplo. Neste louco mundo do basquetebol, para vencer o troféu mais cobiçado de todo o basquetebolista, ou vence-se com um conjunto super bem ligado e coeso (Pistons ’04, Spurs ’14), ou então uma equipa bem construída à volta de uma superestrela da primeira prateleira.
De uma forma ou de outra, esta série irá mudar a forma como olhamos para esta equipa de Boston. Não é um rolo compressor, não é um bicho de 4 cabeças. São mortais e têm pontos fracos. Os Playoffs não perdoam vícios, nem normas infantis.
